Estava pensando com meus botões sobre o que iria escrever hoje, quando me peguei ouvindo um disco do Scorpions na vitrola, após um dia cansativo (nada melhor que um bom rock pesado para relaxar). Confesso que não gostava muito da banda ao ouvir alguns álbuns recentes, mas mudei de opinião ao escutar um disco ao vivo, da década de 80. Quanta vitalidade! Que Hard rock bem feito! Fiquei realmente surpreso quando ouvi pela 1ª vez.
Pensando mais um pouco, ultimamente venho adquirindo um novo vício: o disco de vinil. Sim, este bolachão que tem a incrível capacidade de tornar qualquer música inexpressiva em uma grande experiência sonora vem me fascinando a cada dia.
Por anos eu apenas conheci a sonoridade do cd e do mp3, achando aquilo o máximo. Quando me falavam no vinil, eu logo fechava a cara, julgando que devia ser algo tosco, com mais chiados que som e que não era tudo aquilo que diziam. Ledo engano. Tão logo pousei a agulha sobre meu primeiro disco - uma coletânia do Queen que pertencera à minha mãe - tive a certeza de que não queria mais saber de outra coisa.
De fato, foi o que aconteceu. Estou viciado em discos de vinil, eu admito. Não gosto mais de mp3, limitando-me a ouvir apenas as músicas que não tenho em disco(ainda) e acho o cd um desperdício de boa música. Sei lá, o som parece-me tão superficial e metálico. Não há nada que se compare à profundidade do bolachão.
Cada vez que olho pra minha coleção de discos, ela me parece menor. Quero mais, muitos mais!! Quero completar a discografia dos Beatles, do Pink Floyd, do Iron Maiden, do Chico Buarque, etc etc. e acho um absurdo não ter nenhum Yes, Rush ou Black Sabbath (erro grave, que pretendo consertar em breve). Fiquei feliz em saber que a indústria fonográfica está voltando a adotar o vinil, por este ser muito mais difícil de se piratear, e muitas bandas estão lançando seus álbuns tanto em CD quanto em LP. Espero que volte com força total.
Também entendi um sentimento que as pessoas tinham para com seus discos antigamente, uma espécie de amor, um apego que não se encontra na geração do cd e do mp3. Nossos pais e avós cuidavam com todo carinho de seus vinis, de tal sorte que ainda se encontram muitos em ótimo estado por aí, em sebos.
Eu também aprendi a tomar estes cuidados. Todos os meus pouco mais de 100 discos (até o momento) foram lavados com esponja e detergente, tiveram a capa meticulosamente limpa (até porque sou alérgico a poeira), foram catalogados em um caderno especial e no pc e organizados em ordem alfabética no meu móvel do quarto, logo abaixo da vitrola. Todos perpendiculares ao chão, como devem ficar para não entortar. Cada disco novo que eu compro/ganho passa pelo mesmo processo antes de ser ouvido, com o acréscimo da data de sua aquisição no caderno e pc.
Não foi um trabalho fácil organizar tudo isso. Levei semanas, mas no final valeu a pena. Dá gosto de ver tudo bonitinho e pronto para o uso, com a certeza de que vão durar muitos anos ainda. Enquanto isso, continuo alimentando meu vício, que não tenho a menor pretensão de abandonar.
Abraços,
Jack Waters
segunda-feira, 25 de maio de 2009
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pooo vagabunda... c já tem mais de 100 discos... vadia... to me sentindo envergonhado agora...
ResponderExcluirmas eu sempre disse que VINIL É PHODDAAAA!!! PORRA!!!
Meus discos, meus vícios e nada mais!!!!
ResponderExcluirMuito bom meu querido.
Bem vindo ao mundo dos amantes do velho e bom vinil!
Kisses
Ah que nostalgia cada vinil teu deve propiciar. Tinha bem menos que 6 anos quando meus pais botavam o disco do raul seixas para tocar...Cresci em meio a mtos vinis sem saber exatamente o valor emocional que ele causava a quem os tinha como posse. Tenho saudade de admirar aquelas capas sem pe nem cabeca mas que guardavam uma reliquia musical imaginavel.
ResponderExcluirUm beijo Jack