quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sem forma, sem fim

Alguns dias atrás, em meio à chatíssima aula de matemática no cursinho, estava eu lendo um folheto de universidade que havia pegado na hora do intervalo, cujo verso era branco.

Percebo-me então viajando em altos pensamentos que ecoavam em minha mente e se concretizaram em um pequeno texto que comecei a escrever ali mesmo, no verso do folheto. Nada formal, apenas algumas frases soltas que começaram, sem forma ou fim definidos, na minha cabeça e se desenrolaram através de minhas mãos, preenchendo aquele pedaço de papel.

Trancrevê-lo-ei para vocês. Ainda não dei um título, e segue desta forma:

Uma folha em branco; um monte de possibilidades
Mas só está em branco porque ainda não escrevi
E já deixou de ter - a partir do momento em que comecei - seus encantos
Preenchida com palavras, com garranchos e não com desenhos
Com ricas poesias ou reflexões relevantes.

Apenas palavras dispersas, toscas, inseguras
Maculando em preto a beleza alva do papel
Um desperdício, uma vergonha, uma tentativa frívola
De buscar algum sentido neste pequeno vazio cheio de idéias
Potenciais, dissimuladas, tímidas, incompletas.

Uma folha, já não tão branca; um monte de realidade
Que não tornará ao estado inicial
Porque já terminei de escrever.


P.S.: Não, eu não uso drogas.

Abraços,

Jack Waters

Um comentário:

  1. Agora compreendo por que você não vai bem em matemática! (não resisti)
    hauhauahua
    Meu primeiro comentário!
    Como eu sou um exatoide apenas, então não poderei me expressar de maneira tão filosófica.
    Então vai ai um parabéns ao meu estilo:

    y = bom(rand(9,10))*1 = parabéns foi 10!

    hauahuaahua
    EU TAMBÉM NÃO USO DROGAS!

    E foi profundo o papel em branco com tantas possibilidades, mas quando você começa a escrever todas se tornam uma.
    Parece quântica hauhaua.

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