sexta-feira, 31 de julho de 2009

Reflexão sobre nós

Olá caros leitores. Hoje não vou criticar nem relembrar nada, somente irei apresentar uma opinião sobre nós, os humanos, ou mesmo Homens. Por que muitos de nós temos de ser tão mesquinhos e nos acharmos melhores do que os outros?

Quem é você? Uma pergunta que de principio é fácil de responder, mas que na verdade é uma questão séria que devemos refletir muito e mesmo assim poderíamos não achar a respostas. Agora eu pergunto a vocês caros leitores, como nós podemos nos achar melhores do que os outros se nós mesmos não sabemos quem nós somos? Uma coisa muito séria que nós humanos fazemos é predefinir pessoas, por sua classe social, roupa ou mesmo cor.

Cada dia que passa eu vejo que as pessoas estão se afastando umas das outras e não querem socializar nada, o egoísmo esta reinando neste mundo. Cadê o amor? Parece que o amor sumiu, mas sumiu de uma maneira tão despercebida que nós mesmo não vimos como ele foi embora, talvez ele tenha ido junto com o dinheiro, que vem e vai, talvez ele tenha ido junto com os amigos que perdemos na nossa caminhada para o “sucesso”.

Passamos pela rua e, com nosso individualismo, não ajudamos quem precisa, e quando nos pedem ajuda nós negamos automaticamente sem pensar em qualquer fator. Nada nos leva aceitar a idéia de que alguém precisa de nós, estamos vivendo num mundo de farsas, onde a maior farsa é a de que vivemos num mundo estável e que todos são felizes. Todos são felizes?

Este post foi uma forma de tentar fazer as pessoas refletirem um pouco nos seus atos e no seu modo de viver, uma tentativa das pessoas se importarem mais com as coisas boas dessa vida do que com coisas pequenas e mesquinhas que vemos por ai.

Romulo

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Eita saudade boa!

              Olá caros leitores, eu estava um pouco ausente do blog, pois eu estava em um momento de transição de internet (agora estou com banda larga!). Hoje vou falar um papo bem retro, daqueles que o Jack ama!
              Eu estava conversando com um amigo meu e começamos a falar sobre as maravilhas que existiram nos anos 80, como LP’s, Legião Urbana! Começamos a lembrar de todas as coisas boas que conhecemos sobre aquela época, bateu aquela saudade!
              Fiz uma brincadeira que me fez refletir, eu falei para ele que as gerações futuras irão gostar da nossa época como nós gostamos dos anos 80, mas eu parei para pensar um pouco, o que nós temos a oferecer? A maioria das coisas que vemos na TV é manipulado ou mesmo aquelas porcarias que insistem em chamar de cultura e somos obrigados a recorrer a cultura dos outros países, mas porque nossa cultura não poderia ser tão boa quanto a cultura dos anos 80?
O rock nacional eu não vou nem falar nada, virou um festival de musica emo. Bom está ai quem gostou tudo bem e quem não gostou melhor ainda!

Romulo

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Um balde de água fria

Saudações, pessoal.
Antes de começar, gostaria de justificar mais uma vez o motivo de o blog estar com poucas atualizações nos últimos dias: a equipe está de férias. Para maiores detalhes, leia o artigo Pausa para o merecido descanso. Agradeço imensamente àqueles que ainda dão uma passadinha por aqui todos os dias para conferir se há algo novo. Bem, não vou desapontá-los desta vez.

O que falarei é meio desabafo, meio reflexão. Explico. Hoje me aconteceu uma das raras coisas que realmente me deixam estressado: fofocas sobre a minha vida pessoal.

Eu nunca fui um cara fofoqueiro, detesto tal atitude. E não é nenhuma pretensão ou prepotência de minha parte, admito que tenho muitos defeitos, mas este felizmente não. Quem convive comigo sabe que eu não sou de me meter na vida dos outros e, se for pra falar algo de alguém pelas costas, só abro a boca se for um elogio ou, no máximo, alertar a um amigo que determinada pessoa não é boa companhia ou algo do gênero. Em consequencia, algo que eu -ingenuamente, como constatei tantas vezes - espero das outras pessoas é que, ao não alimentar suas fofocas, elas não me incluam em seu círculo de assuntos. Não é o que acontece.

Sou um cara reservado, prefiro conversar sobre idéias ou fatos e fico irritado se o assunto cai para difamação alheia. Nessas horas, eu geralmente "coloco uma música alta na cabeça" e viajo dentro de minha mente (esta é uma técnica que eu domino bem), mas às vezes simplesmente não dá para ignorar o mundo exterior e sou obrigado a ouvir (e faço questão de dar uma "descarga" mental em seguida). Agora, se o objeto da fofoca for eu mesmo (como ouvi, de longe, hoje) isso realmente consegue estragar o meu dia. Pior ainda quando a pessoa que fez os comentários é alguem que você respeita, gosta e/ou considera. É uma punhalada pelas costas. Justo no dia em que amanheci feliz, como há muito não acontecia. Enquanto escrevo, o AC/DC está me dando uma levantada, mas é apenas um paliativo.

Isso me faz pensar. Por que as pessoas sentem tanto prazer em reduzir as outras? Talvez isso seja uma forma mesquinha e vergonhosa de admitir sua própria insignificância e frustração, exaltando os defeitos dos outros para fazer os seus parecerem menores; Talvez seja a ignorância de todas as questões relevantes do mundo ou a insensibilidade às artes e às belezas naturais, o que faz com que nos fechemos num mundinho tão pequeno, de parcos horizontes e não vemos nada além de nosso próprio umbigo sujo. Uma terceira hipótese seria que as pessoas sentem inveja daquelas que, por talento ou por determinação, chegaram a um ponto ou se tornaram algo que os fofoqueiros sempre almejaram chegar ou ser.

O vagabundo diz que o estudioso só chegou ao topo porque o pai é doutor; o perdedor diz que o vencedor hábil e esperto trapaceou; os que não têm estilo criticam quem tem e quem não tem idéias não suporta ver uma pessoa inteligente e de visão (não que eu me encaixe em alguma dessas categorias. É só um exemplo).

De qualquer forma, não vou mudar minha maneira de pensar e agir por ninguém. Não me interessa se meio mundo se afunda na lama, eu não vou me atirar no chiqueiro.

Obrigado a todos mais uma vez pela paciência.

Abraços,

Jack Waters

sábado, 18 de julho de 2009

TED - Idéias que valem a pena divulgar

Inaugurando com fita de ouro a nova seção do blog (vídeos), deixo este video de uma palestra muito interessante de Ken Robinson, no evento TED, que acontece anualmente na California, em que mais de 1000 pessoas se reunem para compartilhar grandes idéias.

Neste, em especial, Ken aborda uma questão muito interessante sobre nossa educação: As escolas matam nossa criatividade? Confiram!

Parte 1


Parte 2


Se gostarem desse, recomendo que busquem nos videos associados outros grandes pensadores que mostram suas idéias no TED.

Abraços,

Jack Waters


sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Minha paixão"

Amor sincero e verdadeiro. Pela eternidade, o doce abraço de uma de paixão....

Princesa alva dos olhos da mais bela esmeralda,
quando penso em alguém é por você que fecho os olhos,
é na tua respiração que eu me encontro sereno para viver.

No fundo da minh ` alma,
consigo acalentar todos os meu desejos escondidos.
Por você, tenho a proeza de estar feliz sem ter pressa
de esperar a noite clarear e o dia escurecer.

Quando respiro o mais puro ar dos teus pulmões,
agora consigo ter a maior calma
e simplicidades existentes neste mundo.

Solitária em sua órbita,
você emite luz igual a uma lua nova,
repleta de beleza em seu manto fraternal.

Você é pura, doce e suave como o pólen contido
nas mais belas flores colhidas em cada jardim.

Princesa moura do mais lindo véu de sereia azul,
é para ti que dedico a minha passagem,
teus ilustres encantos me trazem liberdade,
minh ` alma adormece suavemente em teus braços,
no conforto do teu coração imaculado.

Entre os mares e as calmas falésias,
a melancolia sentida ao amanhecer se vai
e assim me resta respirar a brisa contida,
na mais sincera afeição haurida em teu orvalho,
ao entender que meu amor por você,
ultrapassa as barreiras da eternidade.

Gustavo Amariz.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Pessoas e Pessoas!

Olá caros leitores, hoje eu estava pensando um pouco sobre nós humanos, ou simplesmente homens. Será que nós somos o que realmente queremos ser ou somos o que querem que sejamos? Será que somos o que não queremos ser? Nós que pregamos que o mundo tem que ter paz, mas não praticamos a paz. Julgamos pessoas por serem pessoas, mas nos esquecemos que somos pessoas também!


Hoje em dia o dinheiro nos manipula, mas para me expressar melhor, hoje em dia pessoas manipulam pessoas pela necessidade desordenada pelo dinheiro. Queremos mais, mais, mais e mais, nunca estamos satisfeitos com o que temos, não vivemos para aproveitar as coisas, mas sim vivemos para aproveitar esta vaga felicidade que o dinheiro nos proporciona.


Estou falando assim, mas na verdade eu também sou assim, esta é nossa natureza, aprendemos a ser assim e se não formos assim à sociedade da conta de nos excluir. Vejam um exemplo, os mendigos, quando os vemos lá parados sentados no chão, nós os recriminamos, mas na verdade não vemos que eles abdicaram dos padrões da nossa sociedade por algum motivo e estão vivendo o seu próprio mundo, que por sinal é bem diferente do nosso e por isso nós não queremos nos misturar com eles.


Nós gostamos de julgar as pessoas pela quantidade de dinheiro, pela sua classe social ou pela sua situação. Corremos atrás de dinheiro todos os dias e nos esquecemos de correr atrás das coisas que realmente importam. Passamos por cima de pessoas, julgamos pessoas e acabamos com a vida de pessoas e tudo isso apenas por alguns pedaços de papel que quando nós morremos fica com os outros.


Estou falando tudo isso, mas na verdade eu me encaixo neste perfil de pessoa, mas pensando desta forma eu estou ganhando um pouco de consciência de todas estas coisas. Espero que com este texto eu possa alertar algumas pessoas de seus atos.


Romulo

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Viva o rock!

Hoje, dia 13 de julho, é o dia internacional do rock! O espírito que cativou e cativa centenas de milhões de pessoas por todo o planeta e que tem a força e a rebeldia suficientes para mudar o mundo.

Com um papel de notável relevância na história da humanidade nas últimas 5 décadas, este movimento de revolução e estilo de vida permanece constantemente jovem, renovado a cada geração, atendendo aos diversos tipos de gosto, eterno em sua essência. Como diria o roqueiro Ozzy Osbourne, "Você não pode matar o rock 'n roll". Ele estava certo, não se pode apagar a chama que queima dentro de todos nós, clamando por liberdade, e que se manifesta através da criatividade e da ousadia. A prova disso são as inúmeras bandas de garagem que surgem todos os dias, incansavelmente.

A força de mover multidões

O rock é, para os que o vivem e sentem, muito mais do que um estilo musical. É uma paixão, um ideal, uma esperança, uma fraternidade; transcende as palavras, mexe com as idéias e emoções. Não há como defini-lo ou limitá-lo, apenas senti-lo fluir pelo corpo e pela mente, abalando as estruturas do ser e expandindo os horizontes. Todas as barreiras são trespassadas e todo o potencial contido é liberado.

Não posso transpor em meras letras sua profundidade e genialidade, apenas deixo a sincera recomendação para todos os que ainda pensam que rock e metal são só gritaria e coisas sem sentido. Sugiro que lhe dêem uma chance, que procurem escutar bandas como The Beatles, Led Zeppelin, Pink Floyd (A santíssimas trindade), Black Sabbath, Jethro Tull, AC/DC, Queen, Kiss, The Doors e as nacionais: Mutantes, Raul Seixas, Casa das Máquinas, Barão Vermelho e tantas outras. Se pegarem pra escutar com o coração, garanto que a maioria de vocês irá se apaixonar.

Por tudo que ele já proporcionou, por sua liberdade de pensamentos e de expressão e pelas lições de vida, agradeço imensamente a todos os que contribuíram para que sua energia e sua memória fossem preservadas por tantos anos, e que possam ainda iluminar muitas gerações futuras.

Muito obrigado ao rock.

Abraços,

Jack Waters

domingo, 12 de julho de 2009

A teoria da Evolução simples de entender - Parte 4

Ufa, depois de 4 semanas, finalmente chegamos ao fim de nossa série, que explica o bê-á-bá da Teoria da evolução. Este artigo é apenas uma base para se começar a estudar esta elegante teoria. Quem quiser se aprofundar no assunto, recomendo que busquem em livros, em vídeos no youtube e sites na internet que costumam ser excelentes fontes de precioso conhecimento.

Sem mais delongas, apresento-lhes a última parte(que mostra como ainda cometemos muitos erros no dia-a-dia ao falar sobre a evolução):

A teoria da Evolução simples de entender - Parte 4

As evidências da evolução

Existem toneladas de evidências que sustentam a teoria da evolução. As mais importantes são os chamados fósseis transicionais , ou seja, restos petrificados de seres vivos que eram um intermediário entre 2 espécies. Por exemplo, os ossos de uma girafa que não eram nem tão grande quanto as atuais, nem tão pequena quanto as antigas, mas um meio caminho entre as duas. Isso comprova que houve uma mudança lenta e gradual na espécie.


Outra evidência está no campo da genética. Quando se descobriu o DNA em meados do século XX, alguns cientistas temiam que isso pudessem derrubar a teoria da evolução segundo Darwin, mas, ao contrário, só veio para reforça-la. Isso porque ficou comprovado que pequenas mutações(que Darwin não sabia explicar) ocorriam na estrutura molecular dos seres vivos, dando-lhes características novas que poderiam ser selecionadas ou descartadas pelo meio.

Erros comuns

Existem muitas citações errôneas relacionadas à evolução por aí. Procurarei esclarecer alguns desses pontos:

1) O homem veio do macaco

Essa é a mais comum de todas. O homem não veio do macaco, apenas compartilhamos um ancestral em comum. A teoria mais aceita é a de que, em um ponto no passado, essa espécie, que habitava as árvores, se dividiu em 2 grupos: um grupo permaneceu nas árvores, dando origem à atual variedade de macacos e o outro grupo resolveu descer das árvores para explorar o mundo. Esse segundo grupo se isolou geograficamente do primeiro, tendo, portanto, necessidades diferentes e ambientes diferentes. Com o tempo aprendeu a manejar e produzir ferramentas, a andar sobre 2 pernas em vez de 4 (homo erectus) e por aí vai, seguindo a linha dos homos até o atual homo sapiens.

2) Se os humanos vieram dos macacos, por que ainda existem macacos?

Novamente, os humanos não vieram dos macacos. Mas, mesmo que tivéssemos descendido deles, essa pergunta está equivocada em seu princípio por considerar a evolução como um processo linear, em que uma espécie surge, dá origem à próxima e desaparece. Não é assim que a evolução funciona. Como disse anteriormente, a melhor maneira de se visualizar a evolução é como uma grande árvore, com galhos se ramificando e formando novas espécies, mas sem necessariamente extinguir a inicial.

3) O dente siso, as unhas e o cabelo estão sumindo do nosso corpo, porque não necessitamos mais deles

Um erro muito repetido por profissionais na área da odontologia e pela sabedoria popular. É comum ainda hoje pessoas acreditarem de certa forma na teoria do uso e do desuso de Lamarck, mesmos em conhecê-la. Apesar de comum, está incorreto. Esta teoria já foi derrubada há 2 séculos. Nossos dentes não estão sumindo porque não os usamos, nem nosso cabelo e unhas.

4) A teoria da evolução é apenas isso, uma teoria

Existe uma diferença de conceitos para “teoria”. Em ciência, uma teoria é uma hipótese que foi testada e repetida diversas vezes, que possui várias evidências a seu favor e é muito plausível de ser verdadeira. No popular, uma teoria é algo que simplesmente alguém pensou e acha que está certo. A teoria da evolução já é um fato científico que sobreviveu a 200 anos de inúmeros testes e experimentos que tentaram derruba-la e, ao contrário, só a reafirmaram, e é a melhor explicação que temos até agora para a origem, a complexidade e a variedade das espécies.

5) Os ratos, os insetos e outras pragas estão criando resistência aos venenos que usamos

Novamente, uma citação Lamarckista. O que acontece, na verdade, é que temos um ambiente com um grupo de ratos que competem entre si por alimento. Alguns desses ratos têm uma resistência natural ao veneno(uma mutação que lhes deu essa característica). Quando jogamos o veneno no local onde esses ratos estão, estamos selecionando os ratos que são imunes ao veneno. Se tínhamos, inicialmente, uma casa com 100 ratos, sendo 94 vulneráveis ao veneno e 6 imunes a ele, agora temos uma casa com apenas 6 ratos que sobreviveram ao veneno, com todos os alimentos disponíveis para eles. Esses 6 ratos vão se reproduzir e gerar mais dezenas de ratos, todos imunes ao veneno. Por isso que nossos venenos funcionam cada vez menos. Esta é uma forma de seleção artificial.

6) Não existem fósseis transicionais

Sim, existem, às toneladas. Evidentemente nem todos foram achados, pois são inúmeros e ainda não escavamos todo o planeta atrás deles. Mas os que foram encontrados já comprovam a veracidade da teoria.


Qualquer dúvida sobre o texto, postem nos comentários e eu ficarei feliz em responder.

Abraços,

Jack Waters

sábado, 11 de julho de 2009

Que lei!

Vou postar aqui uma lei que foi aprovada pelo presidente Lula! Não vou nem falar nada só tirem suas próprias conclusões! Só acho que isto sim deveria ser recriminado pela sociedade!

"DECRETO Nº 6.381, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008.

Regulamenta a Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986, que dispõe sobre medidas de segurança aos ex-Presidentes da República, e dá outras providências.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986,

DECRETA:

Art. 1o Findo o mandato do Presidente da República, quem o houver exercido, em caráter permanente, terá direito:

I - aos serviços de quatro servidores para atividades de segurança e apoio pessoal;

II - a dois veículos oficiais, com os respectivos motoristas; e

III - ao assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível 5.

Art. 2o Os servidores e motoristas a que se refere o art. 1o serão de livre escolha do ex-Presidente da República e nomeados para cargo em comissão destinado ao apoio a ex-Presidentes da República, integrante do quadro dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Casa Civil da Presidência da República.

Art. 3o Para atendimento do disposto no art. 1o, a Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República poderá dispor, para cada ex-Presidente, de até oito cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, sendo dois DAS 102.5, dois DAS 102.4, dois DAS 102.2 e dois DAS 102.1.

Art. 4o Os servidores em atividade de segurança e os motoristas de que trata o art. 1o receberão treinamento para se capacitar, respectivamente, para o exercício da função de segurança pessoal e de condutor de veículo de segurança, pelo Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Art. 5o Os servidores em atividade de segurança e os motoristas aprovados no treinamento de capacitação na forma do art. 4o, enquanto estiverem em exercício nos respectivos cargos em comissão da Casa Civil, ficarão vinculados tecnicamente ao Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional, sendo considerados, para os fins do art. 6o, inciso V, segunda parte, da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, agentes daquele Departamento.

Art. 6o Aos servidores de que trata o art. 5o poderá ser disponibilizado, por solicitação do ex-Presidente ou seu representante, porte de arma institucional do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional, desde que cumpridos os seguintes requisitos, além daqueles previstos na Lei no 10.826, de 2003, em seu regulamento e em portaria do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional:

I - avaliação que ateste a capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, a ser realizada pelo Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional;

II - observância dos procedimentos relativos às condições para a utilização da arma institucional, estabelecidos em ato normativo interno do Gabinete de Segurança Institucional; e

III - que se tratem de pessoas originárias das situações previstas no art. 6o, incisos I, II e V, da Lei no 10.826, de 2003.

Parágrafo único. O porte de arma institucional de que trata o caput terá prazo de validade determinado e, para sua renovação, deverá ser realizada novamente a avaliação de que trata o inciso I do caput, nos termos de portaria do Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

Art. 7o Durante os períodos de treinamento e avaliação de que tratam os arts. 4o e 6o, o servidor em atividade de segurança e motorista de ex-Presidente poderá ser substituído temporariamente, mediante solicitação do ex-Presidente ou seu representante, por agente de segurança do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional.

Art. 8o O planejamento, a coordenação, o controle e o zelo pela segurança patrimonial e pessoal de ex-Presidente caberá aos servidores de que trata o art. 1o, conforme estrutura e organização própria estabelecida.

Art. 9o A execução dos atos administrativos internos relacionados com a gestão dos servidores de que trata o art. 1o e a disponibilidade de dois veículos para o ex-Presidente serão praticadas pela Casa Civil, que arcará com as despesas decorrentes.

Art. 10. Os candidatos à Presidência da República terão direito a segurança pessoal, exercida por agentes da Polícia Federal, a partir da homologação da respectiva candidatura em convenção partidária.

Art. 11. O Ministro de Estado da Justiça, no que diz respeito ao art. 10, o Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, no que concerne aos arts. 4o, 5o, 6o e 7o, e o Secretário de Administração da Casa Civil, quanto ao disposto nos arts. 2o e 9o, baixarão as instruções e os atos necessários à execução do disposto neste Decreto..

Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 13. Revoga-se o Decreto no 1..347, de 28 de dezembro de 1994.

Brasília, 27 de fevereiro de 2008; 187o da Independência e 120o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Jorge Armando Felix"

Esse presidente está brincando com a gente!

Espero que gostem!

Para quem acha que é mentira olha só: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6381.htm

Romulo

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Para que serve essa tal de filosofia?

Hoje eu estava na internet lendo alguns textos e me deparei com um texto de A. C. Ewing. Neste texto ele fala sobre o que é a filosofia e para que ela serve, pena que não vai dar para colocar tudo, mas vou colocar aqui a parte que fala sobre a utilização da filosofia:

"Há uma questão que muita gente formula de imediato quando ouve falar de filosofia: qual a utilidade da filosofia? Não há certamente expectativa alguma de que ela contribua para a produção de riqueza material. Contudo, a menos que suponhamos que a riqueza material seja a única coisa de valor, a incapacidade da filosofia de promover esse tipo de riqueza não implica que não haja sentido prático em filosofar. Não valorizamos a riqueza material por si própria - aquela pilha de papel que chamamos de dinheiro não é boa por si mesma -, mas por contribuir para nossa felicidade. Não resta dúvida de que uma das mais importantes fontes de felicidade, ao menos para os que podem apreciá-la, consiste na busca da verdade e na contemplação da realidade; eis aí o objetivo do filósofo. Ademais, aqueles que, em nome de um ideal, não classificaram todos os prazeres como idênticos em seu valor, tendo chegado a experimentar o prazer de filosofar, consideraram essa experiência como superior em qualidade a qualquer outra. Visto que a maior parte dos bens que a indústria produz, excetuando os que suprem nossas necessidades básicas, valem apenas como fontes de prazer, torna-se a filosofia perfeitamente apta, no que se refere à utilidade, para competir com a maioria dos produtos industriais, quando poucos são os que podem dedicar-se, em tempo integral à tarefa de filosofar. Mesmo que entendêssemos a filosofia como fonte de um inocente prazer particularmente válido por si próprio (obviamente, não apenas para os filósofos, mas também para todos aqueles a quem eles ensinam e influenciam), não haveria razão para invejar tão pequeno desperdício da força humana dedicada ao filosofar.

Não esgotamos, porém, tudo o que pode ser dito em favor da filosofia. Pois, à parte qualquer valor que lhe pertença intrinsecamente acima de seus efeitos, a filosofia tem exercido, por mais que ignoremos isso, uma admirável influência indireta até mesmo sobre a vida de gente que nunca ouviu falar nela. Indiretamente, tem sido destilada através de sermões, da literatura, dos jornais e da tradição oral, afetando assim toda a perspectiva geral do mundo. Em grande parte, foi através de sua influência que se fez da religião cristã o que ela é hoje. Devemos originalmente a filósofos idéias que desempenharam papel fundamental para o pensamento em geral, mesmo em seu aspecto popular, como, por exemplo, a concepção de que nenhum homem pode ser tratado apenas como um meio ou a de que o estabelecimento de um governo depende do consentimento dos governados. No âmbito da política, a influência das concepções filosóficas tem sido expressiva. Nesse sentido, a Constituição norte-americana é, em grande parte, uma aplicação das idéias do filósofo John Locke; ela apenas substitui o monarca hereditário por um presidente. Similarmente, admite-se que as idéias de Rousseau tenham sido decisivas para a Revolução Francesa de 1789. É inegável que a influência da filosofia sobre a política pode às vezes ser nefasta: os filósofos alemães do século X1X podem ser parcialmente responsabilizados pelo desenvolvimento de um nacionalismo exacerbado que posteriormente veio a assumir formas bastante deturpadas. Todavia, não resta dúvida de que essa responsabilidade tem sido freqüentemente muito exagerada, sendo difícil determiná-la exatamente, o que se deve ao fato de aqueles filósofos terem sido obscuros. Contudo, se uma filosofia de má qualidade pode exercer influência nefasta sobre a política, com as filosofias de boa qualidade pode ocorrer o contrário. Não há meios de impedir tais influências sendo portanto extremamente oportuno que dediquemos especial atenção à filosofia com o intuito de constatar se concepções que exerceram alguma influência foram mais positivas do que nefastas. 0 mundo teria sido poupado de muitos horrores caso os alemães tivessem sido influenciados por uma filosofia melhor que a dos nazistas.

Torna-se, portanto, imperativo abandonar a afirmação de que a filosofia é destituída de valor, mesmo com respeito à riqueza material. Uma boa filosofia, ao influenciar favoravelmente a política, pode gerar uma prosperidade incapaz de ser alcançada sob a égide de uma filosofia inferior. Outrossim, o expressivo desenvolvimento da ciência, com seus conseqüentes benefícios de ordem prática, muito depende de seu background filosófico. Houve mesmo quem tenha chegado a afirmar, a nosso ver exageradamente, que o desenvolvimento da civilização como um todo seria concomitante às mudanças na idéia de causalidade, da concepção mágica de causalidade à científica. De qualquer modo, a idéia de causalidade faz parte do objeto da filosofia. A própria ‘perspectiva científica’, em grande parte, foi introduzida inicialmente pelos filósofos.

Todavia, certamente não estaremos nas melhores condições para fazer um estudo proveitoso da filosofia se a encararmos principalmente como uma via indireta de acesso à riqueza material. A principal contribuição da filosofia consiste no intangível background intelectual do qual muito dependem o clima espiritual e a feição geral de uma civilização. Nesse sentido, ocasionalmente se desenvolvem ambições ainda maiores. Whitehead, um dos mais expressivos e acatados pensadores modernos, descreve os dons da filosofia como "a capacidade de ver e de prever, aliada a um sentido do valor da vida, ou seja, o sentido da importância que anima todo esforço civilizado".1 Acrescenta ainda Whitehead que, "quando uma civilização atinge seu auge sem coordená-lo com uma filosofia de vida, difundem-se por toda a comunidade períodos de decadência e monotonia, seguidos pela estagnação de todos os esforços". Para ele, a filosofia consiste em "uma tentativa de esclarecer as crenças que, em última instância, determinam nossa atenção, a qual integra a base de nosso caráter". De um modo ou de outro, podemos ter como certo que o caráter de uma civilização é enormemente influenciado por sua concepção geral da vida e da realidade. Até pouco tempo, para a maioria das pessoas, essa concepção era proporcionada pelo ensino religioso, mas as próprias concepções religiosas foram muito influenciadas pelo pensamento filosófico. Ademais, a experiência demonstra que as concepções religiosas podem conduzir-nos à loucura, a menos que sejam continuamente submetidas a uma avaliação racional. Os que rejeitam qualquer concepção religiosa devem ter o maior interesse em elaborar uma nova concepção para, se possível, substituir a crença religiosa. E fazê-lo significa engajar-se na filosofia.

Embora não passa substituir a filosofia, a ciência suscita problemas filosóficos. Pois ela não pode dizer-nos que lugar ocupam os fatos com que lida no esquema geral das coisas, não conseguindo nem mesmo esclarecer suas relações com os espíritos que os observam. Nem mesmo pode demonstrar, embora deva admitir, a existência do mundo físico ou a legitimidade do uso dos princípios da indução para prever as prováveis ocorrências futuras ou ultrapassar de alguma forma o que tem sido efetivamente observada. Nenhum laboratório científico pode demonstrar em que sentido os homens têm uma alma, se o universo tem ou não um propósito, se, e em que sentido, somos livres, e assim por diante. Não desejamos com isso sugerir que a filosofia possa resolver esses problemas; no entanto, se ela realmente não puder, nada mais poderá fazê-lo, sendo certamente válido tentar descobrir ao menos se tais problemas podem ser solucionados. Veremos, que a própria ciência pressupõe continuamente conceitos que subsumem os domínios da filosofia E, da mesma forma que nenhuma ciência pode florescer se não admitirmos tacitamente uma resposta para certas questões filosóficas, não podemos fazer uso mental adequado da ciência, com o intuito de implementar nosso desenvolvimento intelectual, sem admitirmos uma visão de mundo mais ou menos coerente. Mesmo as melhores conquistas da ciência moderna não teriam sido alcançadas se os cientistas não tivessem adotado determinadas suposições de grandes e originais filósofos, nas quais basearam todo o seu proceder. A concepção "mecanicista" do universo, que caracterizou a ciência durante os últimos três séculos, é derivada principalmente do filosofia de Descartes. Por ter ocasionado maravilhosos resultados, o esquema mecanicista deve ser, em parte, verdadeiro, ainda que parcialmente inadequado, apressando-se o cientista em buscar no filósofo o necessário auxílio para erigir novo esquema que possa substituir o antigo.

Um segundo serviço inestimável prestada pela filosofia (especialmente pela "filosofia crítica") reside no hábito, por ela estimulado, de promover-se um julgamento imparcial considerando-se todas as facetas de uma questão, e na idéia que ela oferece do que seja a evidência e de que devemos buscar ou esperar de uma prova. Pode ser esse um importante questionamento das inclinações emocionais e das conclusões precipitadas, sendo especialmente necessário, e com freqüência negligenciado, em controvérsias políticas. Se ambos os lados considerassem suas diferenças políticas munidos de espírito filosófico, seria difícil admitir a eventualidade de uma guerra. O sucesso da democracia depende muito da habilidade dos cidadãos em distinguir um bom de um mau argumento, não se deixando enganar por confusões. A filosofia crítica estabelece um padrão ideal para o raciocínio correto e capacita quem a estuda a remanejar argumentos confusos. Talvez seja esse a motivação pela qual Whitehead afirma, na passagem acima citada, que "nenhuma sociedade democrática poderá alcançar êxito sem que a educação geral que a inspire exprima uma perspectiva filosófica".

Na medida em que admitirmos que certa cautela é desejável ao afirmarmos que os homens não deixam de viver de acordo com uma filosofia na qual acreditam, e enquanto atribuirmos a maior parte dos desacertos humanos exatamente à falta desse desejo de sintonia com ideais mais nobres, não poderemos negar a extrema relevância de crenças gerais a respeito da natureza do universo e do bem para a determinação da progresso ou da degeneração da humanidade. Algumas partes da filosofia inegavelmente produzem resultados práticos mais expressivos, mas não devemos por isso incorrer no erro de supor que a aparente inexistência de um suporte de ordem prática para determinado campo de estudo implica que a investigação desse campo seja destituída de sentido prático. Conta-se que um cientista, que costumava jactar-se de desprezar a dimensão prática de toda pesquisa, disse certa vez a respeito de uma: "0 melhor disso tudo é que ela possivelmente não revelará qualquer utilidade prática para quem quer que seja." Todavia, essa linha de pesquisa acabou levando à descoberta da eletricidade. De modo similar, estudos filosóficos por demais acadêmicos e aparentemente destituídos de utilidade prática terminam por exercer profunda influência sobre a visão de mundo, chegando até mesmo a afetar, em última instância, a ética e a religião que adotamos. Pois as diferentes partes da filosofia, os diferentes elementos que compõem nossa visão de mundo, deveriam integrar-se. Tal é pelo menos o objetivo, nem sempre alcançável, de uma boa filosofia. Sendo assim, conceitos à primeira vista muito distanciados de qualquer interesse de ordem prática podem vir a afetar de modo vital outros conceitos que envolvem mais de perto a vida diária.

Podemos compreender agora o motivo pelo qual a filosofia não precisa recear a questão de ter ou não valor prático. Devo ao mesmo tempo dizer que não aprovo de modo algum uma concepção puramente pragmática da filosofia. A filosofia merece ser valorizada por si própria, e não por seus efeitos indiretos de ordem prática. E a melhor maneira de assegurarmos esses bons efeitos práticos é nos dedicarmos à filosofia pela filosofia. Para encontrar a verdade, precisamos buscá-la desinteressadamente. E o fato de a encontrarmos se revelará muito útil do ponto de vista prático. Não obstante, uma preocupação prematura com seus efeitos práticos só dificultará nossa busca do que é de fato verdadeiro. Muito menos podemos fazer desses efeitos práticos o critério de sua verdade. As crenças são úteis porque são verdadeiras, e não verdadeiras porque são úteis."

Romulo

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Resenhas de julho

Ufa! Demorou mas finalmente saíram as resenhas deste mês de julho, que traz estilos variados para os diversos gostos. Espero que gostem.


1. Filme: 13º Andar


Para os amantes de Matrix (o primeirão) e do Mito da Caverna, este filme cai como uma luva para aprofundar na idéia de uma realidade alternativa e de que vivemos em uma ilusão. Eu costumo dizer que este filme é um Matrix mais profundo em termos de idéias e sem as cenas de ação e teorias conspiratórias das máquinas. De fato, ele foi feito antes do Matrix, mas seus produtores cometeram a enorme burrada de o lançar só depois, fazendo com que o filme ganhasse a fama de ter sido um plágio.

13º Andar nos faz questionar a realidade em que vivemos e nossos próprios hábitos e idéias. Sem contar que, ao final do filme, você vai ter vontade de sair sem rumo, andar e andar até algum lugar que nunca esteve antes (entenderão o que quero dizer quando assistirem). Enfim, um prato cheio para amantes de ficção científica, filosofia platônica e realidade virtual. Recomendadíssimo.


2. Livro: A montanha e o rio


Um romance best-seller extremamente interessante, que me prendeu do início ao fim (também foi o livro em que li mais páginas por dia em toda a minha vida. Uma média de 106). A história gira em torno de 2 chineses - um vindo de uma familía muito rica e poderosa e o outro abandonado por seus pais e adotado por um casal de aldeões pobres - que, ao decorrer da vida, passam por situações complicadas para atingir seu sonho de serem grandes líderes da China. No caminho, envolvem-se em um triângulo amoroso que toma dimensões catastróficas.

O pano de fundo é a ditadura de Mao Tse-Tung e as instabilidades políticas e financeiras do país que sucederam a sua morte. Realmente muito bom (até eu que não me interessava muito por histórias envolvendo a China adorei este livro).

3. Disco: The Wall - Pink Floyd


Eu poderia escrever páginas e páginas sobre como este disco mudou a minha vida, suas qualidades, sua profundidade e sua excepcionalidade e ainda assim não conseguiria ser fiel ao que esta grandiosa obra representa, por isso, vou deixar apenas a sugestão sincera de que ouçam este álbum com atenção, peguem pra ler as letras das músicas e depois assistam ao filme (sim, ele virou um filme igualmente extraordinário). Até hoje não conheço análise melhor da sociedade e de nós mesmos. Muito obrigado ao Pink Floyd por esta obra de arte.


Abraços,

Jack Waters

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Democracia? Liberdade?

Olá caros leitores, depois de um tempo de inatividade vou tentar voltar a ativa aqui no blog. Bom para começar eu irei fazer uma análise de algumas coisas da nossa querida sociedade!

Você já parou para pensar que apesar das pessoas terem muitas coisas, elas acabam não tendo nada? Sim é verdade! Por exemplo, se você não pagar seus impostos te levam a sua casa, este é só um exemplo que demonstra qual é a nossa liberdade!

Já perceberam que liberdade é apenas uma palavra que define poder andar nas ruas e fazer o que as pessoas deixam que você faça? Cada dia ficamos mais presos a este sistemas que só nos leva a infelicidade ou a felicidades passageiras que são compradas com cartões de crédito!

Todos os dias vemos pessoas que não estão fazendo o que é normal para a sociedade e acabamos recriminando estas pessoas, mas nós na verdade queremos ser livres de verdade, não é uma liberdade passageira, mas sim é a verdadeira liberdade, poder expressar sua posição sem ser ameaçado, poder ajudar a todos e ser ajudado.

Para finalizar o post(eu sei que já escrevi muita besteira), eu queria falar um pouco sobre a individualidade que nós temos, porque é tão difícil ajudar uma pessoa que precisa? Será que vamos só falar mal da violência, ou vamos ajudar quem precisa para diminuir a violência?

Romulo

domingo, 5 de julho de 2009

A teoria da Evolução simples de entender - Parte 3

Saudações, pessoal. Esta é a penúltima parte desta série (para quem não acompanhou as outras, sugiro que leiam antes a parte 1 e a parte 2), que vai explicar a importância do isolamento geográfico para a evolução e os mecanismos da seleção sexual e artificial. Espero que gostem.

A teoria da Evolução simples de entender - Parte 3

O isolamento geográfico

Por que os elefantes das savanas africanas são tão diferentes dos elefantes das selvas? Por que as mariposas marrons se tornaram mais comuns que as brancas a partir do século XIX? Porque a mesma espécie de pássaros podem ter bicos tão diferentes? A resposta para todas essas perguntas é o isolamento geográfico.

Muito, muito tempo atrás, nosso planeta era um único e grande pedaço de terra cercado de água por todos os lados. Esse super continente chamava-se Pangea e, com o passar dos milhares de anos, dividiu-se e formou os continentes atuais. O que isso tem a ver com a Seleção Natural? Bem, vamos lá:

Quando um grupo de uma mesma espécie de animais se divide, cada um indo para uma região, temos o chamado isolamento geográfico. O isolamento geográfico é quando um grupo (A) se divide em 2 ou mais grupos menores (B, C...) e cada um desses grupos menores vai para um lugar distante do outro, de forma que esses indivíduos do grupo original (A) nunca mais se encontrarão. Vamos usar o exemplo do elefante.

Existia um grupo (A) de elefantes com 100 indivíduos, todos elefantes grandes e fortes, com presas afiadas. Em um determinado momento, por algum motivo, esse grupo se separou. 50 indivíduos migraram para uma savana (um campo aberto, com vegetação rasteira) e os outros 50 migraram pra uma selva, em busca de alimentos. Os elefantes da savana(que chamarei de grupo B) se adaptaram muito bem ao novo local. Eram grandes e fortes para afastar os predadores e podiam se locomover com facilidade. O outro grupo (que chamarei de Grupo C), por outro lado, não se adaptou bem à selva, justamente por serem grandes e fortes, muitos ficavam presos nas árvores, sendo alvo fácil a predadores.

Neste ambiente, os elefantes que nasceram com um tamanho reduzido levaram vantagem sobre os demais. Imagine 1 entre 10 elefantes nascer menor que os outros, mais rápido e ágil, e com presas menores. Ele vai conseguir “manobrar” pela selva com mais facilidade, caçar com mais facilidade e fugir de predadores com mais facilidade; consequentemente se reproduzirá mais e transmitirá sua característica a seus filhotes, que por sua vez terão vantagens sobre os outros e por aí em diante, até que todos (ou pelo menos a maioria) dos novos elefantes sejam pequenos e sem presas. (Sim, este é um processo muito demorado)

Como é o meio que seleciona as características que vão sobreviver, não adianta ser mais forte num ambiente em que a agilidade é o que conta. Por isso deve-se ter cuidado com a frase “Os mais fortes sobrevivem”, pois esse “forte” nem sempre significa força física, mas é um sinônimo de “mais adaptado”.

No exemplo anterior, uma nova espécie de elefantes surgiu. Se antes tínhamos os Elefantes do Grupo B e C, os elefantes do grupo C deram origem a uma nova espécie, a espécie D (menores e sem presas). Neste caso, o grupo B perpetuou as características do grupo A inicial, mas na maioria das vezes cada subgrupo gera uma nova espécie diferente.

Através desse mecanismo que surgiu toda a complexidade e variedade de espécies de seres vivos que existem hoje, num processo que levou bilhões de anos. Não apenas alterações pequenas são conseguidas pelo processo da seleção natural, mas também os grandes, como veremos a seguir.

Um roedor que vive num ambiente X e, repentinamente, forças externas o obrigam a migrar para um ambiente Y, onde existem predadores diferentes e maneiras de fugir diferentes, precisará se adaptar a elas. Se antes ele vivia em campos abertos, comendo folhas, agora ele precisa se esconder debaixo da terra e comer o que aparecer.

Neste caso, o meio selecionará os indivíduos menores, que conseguem entrar nos buracos menores para se esconder, ou então os que tiverem garras mais afiadas para cavarem seus buracos mais rapidamente, e assim por diante. Com o tempo, uma espécie nova, diferente da original, mas com similaridades, surgirá neste ambiente.


O que tudo isso tem a ver com a Pangea? Ora, se no início era apenas um grande bloco de terra, quando os continentes se separaram, isolaram geograficamente também as espécies. Por isso temos espécies parecidas, porém diferentes, em todo o mundo.

Ufa! Entendido o isolamento geográfico, passemos ao último fator crucial da seleção natural.

A seleção Sexual

Esta, na verdade, é um “braço” da seleção natural. Basicamente, ela diz o seguinte:

Em todas as espécies animais (à exceção dos humanos), o macho é mais bonito que a fêmea. Basta reparar no pavão, no papagaio, no leão, dentre outros. Acredita-se que, num passado remoto, todos os indivíduos de um grupo eram similares entre si, ou seja, tanto o leão como a leoa não tinham juba; tanto o papagaio macho como a fêmea não tinham outra cor alem do verde. Em algum momento um macho nasceu com uma estranha anomalia (mutação): a presença de pêlos/penas coloridos.

No caso do leão, a primeira “juba” foi um tufinho de pêlo, mas já foi o suficiente para atrair a atenção das fêmeas, que selecionavam aquele macho com aquela característica.

Por isso o nome seleção sexual, pois é a fêmea, e não o meio, que seleciona essas características.

E isso se aplica aos outros animais. O exemplo clássico é o do pavão, que usa a beleza de sua cauda pra atrair as fêmeas.

Acredito que esta explicação seja o suficiente para compreender a Seleção Natural. A seguir falarei sobre outros assuntos relacionados à evolução, listando também algumas dúvidas e erros freqüentes.

A seleção artificial

Da mesma maneira que o meio seleciona características que vão prevalecer, os seres humanos também o fazem com relação a outros animais e vegetais. Vamos entender:

Pegue por exemplo um cachorro Poodle de raça pura. Por que ele tem raça pura? Porque seus donos escolheram seu parceiro, evitando que ele se reproduzisse com um cão de outra raça. Dessa maneira, os humanos selecionaram aquela raça para se perpetuar.


Imagine que você tenha um pedaço de terra e queira plantar feijão. Você pode escolher sementes de feijão preto, marrom e vermelho. Você decide plantar só feijão preto na sua rocinha, e todos os seus vizinhos decidem plantar só feijão preto. Se todos no mundo decidirem só plantar feijão preto, você e todos mundo selecionaram essa característica para sobreviver, e as outras serão descartadas. Isso é seleção artificial, ou seja, é toda seleção feita pelos seres humanos, de forma consciente ou não.


Semana que vem, não percam a última parte da série, que aponta as evidências da evolução e os erros mais comuns cometidos pelas pessoas acerca da teoria.

Abraços,

Jack Waters

sexta-feira, 3 de julho de 2009

"Solidão"

não existe solidão que dure pra sempre.....

Há de se entristecer, porque está sozinho.
Há de se refletir, porque se tem solidão.

Prisioneiro crítico em tua face de devoção fingida,
mergulhado em um mar de melancolia fugaz,
ele se recolhe num cantinho e ao crepúsculo adormece.

Afim de procrastinar o medo auferido ao seu emplastro,
olhando para o céu ele chora, porque suas memórias se foram,
mas o pólen derramado por elas permanecem em seus desejos
insaciáveis ao redarguir - lhe atilado por franca ansiedade.

Tuas feridas insistem em martirizá-lo, a solidão ilude
todas as suas perspectivas e o orvalho embebido
em tuas preces agora deixam de existir eternamente.

Num momento oportuno, ele espalha o seu coração agonizado
nas fuligens sobre o campo mimoseado com flores
e assim as miragens resultantes era o seu amor fragilizado
por tamanha desesperança em sua passagem.

Ao chamar pelo amor, ele se aquece com uma imagem
de carinho e enobrece a saudade que não conseguira sentir.
Solitário, aceita - se ferido e conformado por estar preso
ao vigésimo oitavo dia de sua destilação insensata.

Passeando por entre as nuvens, se faz refém da solidão.
Ao desastre iminente, se aperta em lágrimas de corcel,
vividas na partida assistida e aliviadas na disciplina forjada,
em reticências do tempo nas trevas de pessimistas ilusões
.

Gustavo Amariz

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pausa para o merecido descanso

Pois é pessoal, chegamos Julho, o mês das merecidas férias. Como alguns devem ter percebido, o blog está com um ritmo meio lento recentemente. Isso se deve ao fato de um dos membros da equipe estar de férias, outro muito empenhado com os estudos(para também entrar de férias) e eu também ando com alguns problemas pessoais que estão me tirando tempo e ânimo para fazer o que gosto (como, por exemplo, escrever aqui) e peço minhas sinceras desculpas por este fato.

Comunico também que em breve devo viajar e o blog ficará sem atualizações por alguns dias (não consecutivos, espero), e até lá eu vou tentar atualizar o máximo que puder por conta própria, até que algum dos outros 2 surja das trevas repentinamente e poste algo(o que anda acontecendo com frequencia ultimamente).

Sem mais, agradeço a compreensão de todos.

Espero conseguir fazer as resenhas de Julho ainda amanhã e postar aqui.

Boas férias!
Abraços,

Jack Waters

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A nova gripe e o pânico induzido

Saudações pessoal. Hoje faremos algo diferente: embora o Rômulo seja o rapaz das atualidades, resolvi eu mesmo abordar este tema que vem causando certo disparate na mídia: A tal gripe suína.

Não vou lhes apresentar novidades sobre ela porque eu mesmo não estou muito bem informado, já que não assisto tv, mas algo que meu professor de biologia comentou recentemente me fez refletir (e aí entram os pensamentos peculiares).

Segundo ele, a taxa de mortalidade da nova gripe é a mesma da gripe comum, cerca de 0,4% (em outras palavras: a cada 1000 pessoas que contraírem a gripe suína, 4 podem vir a morrer). Apesar disso, a mídia vem espalhando deliberadamente o pânico na sociedade.

Paremos para pensar... O que ela (mídia), como um todo, ganha com isso?

Gripe espanhola: Uma pandemia que fez jus ao terror que causou


O país está quebrado, estamos numa crise financeira das bravas, nosso moral já não anda muito bem e agora estamos em pânico devido a um inimigo cuja sombra projetada na parede é muito maior do que ele mesmo. Não sabemos o que fazer e buscamos cada vez mais, na mídia - que muitas vezes não é especializada no assunto - informações para nos guiar. Confiamos ingenuamente em nosso próprio opressor.

Devido ao medo, as pessoas estão hesitando em viajar; as escolas e faculdades estão dando férias antecipadas e cada vez mais aumenta o terror em lugares fechados, com grande fluxo de gente.

Encaremos os fatos: No Brasil, até o momento, foram confirmados aproximadamente 500 casos da nova gripe, com 3 mortes. 3 mortes!! Só as balas perdidas no Rio de Janeiro matam mais gente por dia do que isso e pouca gente muda os planos de viagem devido a essa estatística. Pandemias sempre aconteceram e esta não será a última vez. Não há necessidade de tanto pânico, ainda.

O grande perigo, para os cientistas, é que este vírus sofra alguma mutação e se torne mais letal. Aí sim poderemos começar a correr feito loucos e lamentar, tardiamente, por não termos aproveitado nossas vidas como queríamos, mas ainda é cedo para tal. Ainda temos tempo para nos preocupar com riscos mais prováveis antes que a natureza resolva se livrar da raça humana.

Os jornais, revistas e programas de televisão estão lucrando em cima do sensacionalismo, como sempre fizeram. Lembram-se do que comentei no artigo Mera Coincidencia? Pois bem, é o mesmo que acontece agora e acontecerá de novo e de novo enquanto sustentarmos quem ainda acredita que nos faz de bobos.

Francamente...

Atualização:

Dados da OMS (11/08/09) :

Infecções pelo vírus da gripe A:
177.457 pessoas
Número de mortes: 1.462

(Reparem que, apesar dos números terem aumentado, a porcentagem se mantem, relativamente, a mesma.)


Abraços,

Jack Waters