Sem mais delongas, apresento-lhes a última parte(que mostra como ainda cometemos muitos erros no dia-a-dia ao falar sobre a evolução):
A teoria da Evolução simples de entender - Parte 4
As evidências da evolução
Existem toneladas de evidências que sustentam a teoria da evolução. As mais importantes são os chamados fósseis transicionais , ou seja, restos petrificados de seres vivos que eram um intermediário entre 2 espécies. Por exemplo, os ossos de uma girafa que não eram nem tão grande quanto as atuais, nem tão pequena quanto as antigas, mas um meio caminho entre as duas. Isso comprova que houve uma mudança lenta e gradual na espécie.
Outra evidência está no campo da genética. Quando se descobriu o DNA em meados do século XX, alguns cientistas temiam que isso pudessem derrubar a teoria da evolução segundo Darwin, mas, ao contrário, só veio para reforça-la. Isso porque ficou comprovado que pequenas mutações(que Darwin não sabia explicar) ocorriam na estrutura molecular dos seres vivos, dando-lhes características novas que poderiam ser selecionadas ou descartadas pelo meio.
Erros comuns
Existem muitas citações errôneas relacionadas à evolução por aí. Procurarei esclarecer alguns desses pontos:
1) O homem veio do macaco
Essa é a mais comum de todas. O homem não veio do macaco, apenas compartilhamos um ancestral em comum. A teoria mais aceita é a de que, em um ponto no passado, essa espécie, que habitava as árvores, se dividiu em 2 grupos: um grupo permaneceu nas árvores, dando origem à atual variedade de macacos e o outro grupo resolveu descer das árvores para explorar o mundo. Esse segundo grupo se isolou geograficamente do primeiro, tendo, portanto, necessidades diferentes e ambientes diferentes. Com o tempo aprendeu a manejar e produzir ferramentas, a andar sobre 2 pernas em vez de 4 (homo erectus) e por aí vai, seguindo a linha dos homos até o atual homo sapiens.
2) Se os humanos vieram dos macacos, por que ainda existem macacos?
Novamente, os humanos não vieram dos macacos. Mas, mesmo que tivéssemos descendido deles, essa pergunta está equivocada em seu princípio por considerar a evolução como um processo linear, em que uma espécie surge, dá origem à próxima e desaparece. Não é assim que a evolução funciona. Como disse anteriormente, a melhor maneira de se visualizar a evolução é como uma grande árvore, com galhos se ramificando e formando novas espécies, mas sem necessariamente extinguir a inicial.
3) O dente siso, as unhas e o cabelo estão sumindo do nosso corpo, porque não necessitamos mais deles
Um erro muito repetido por profissionais na área da odontologia e pela sabedoria popular. É comum ainda hoje pessoas acreditarem de certa forma na teoria do uso e do desuso de Lamarck, mesmos em conhecê-la. Apesar de comum, está incorreto. Esta teoria já foi derrubada há 2 séculos. Nossos dentes não estão sumindo porque não os usamos, nem nosso cabelo e unhas.
4) A teoria da evolução é apenas isso, uma teoria
Existe uma diferença de conceitos para “teoria”. Em ciência, uma teoria é uma hipótese que foi testada e repetida diversas vezes, que possui várias evidências a seu favor e é muito plausível de ser verdadeira. No popular, uma teoria é algo que simplesmente alguém pensou e acha que está certo. A teoria da evolução já é um fato científico que sobreviveu a 200 anos de inúmeros testes e experimentos que tentaram derruba-la e, ao contrário, só a reafirmaram, e é a melhor explicação que temos até agora para a origem, a complexidade e a variedade das espécies.
5) Os ratos, os insetos e outras pragas estão criando resistência aos venenos que usamos
Novamente, uma citação Lamarckista. O que acontece, na verdade, é que temos um ambiente com um grupo de ratos que competem entre si por alimento. Alguns desses ratos têm uma resistência natural ao veneno(uma mutação que lhes deu essa característica). Quando jogamos o veneno no local onde esses ratos estão, estamos selecionando os ratos que são imunes ao veneno. Se tínhamos, inicialmente, uma casa com 100 ratos, sendo 94 vulneráveis ao veneno e 6 imunes a ele, agora temos uma casa com apenas 6 ratos que sobreviveram ao veneno, com todos os alimentos disponíveis para eles. Esses 6 ratos vão se reproduzir e gerar mais dezenas de ratos, todos imunes ao veneno. Por isso que nossos venenos funcionam cada vez menos. Esta é uma forma de seleção artificial.
6) Não existem fósseis transicionais
Sim, existem, às toneladas. Evidentemente nem todos foram achados, pois são inúmeros e ainda não escavamos todo o planeta atrás deles. Mas os que foram encontrados já comprovam a veracidade da teoria.
Qualquer dúvida sobre o texto, postem nos comentários e eu ficarei feliz em responder.
Abraços,
Jack Waters
Primeiramente queria agradecer pelo artigo rico em informações.
ResponderExcluirE em segunda queria dizer que o acrescimo de genes pela seleção natural ficou muito claro para mim. Mas a perca de gene que estou meio em duvida, para mim a grande maioria das percas de gene de um individuo não resultaria numa melhor adpatação ao meio em que ele vive, portanto, não explicaria a proliferação do gene na especie. Um exemplo seria os humanos, como já mencionado antes no seu artigo, a perca do siso, unhas e cabelos. Seu artigo desmente a lei do uso e desuso neste caso, mas ao mesmo tempo, não explica como a lei da seleção natureal proliferaria esses genes na raça humana. Foi uma mutação ? E que vantagem gerou para esses genes em particular se proliferar ? Explique um pouco mais, na visão da seleção natural de Dawnvin, os processos de perca de gene como os que citei ai encima e outros como a perca de um rabo em uma determinada especie ou a passagem aquatica para terrestre de uma certa raça.
Agredeço pela atenção.