quinta-feira, 30 de abril de 2009

O que é ser politizado

Venho aqui hoje mostrar para vocês um texto muito interessante que eu recebi por email. Se trata de um texto do cientista político Emir Sader, falando sobre o que é ser politizado.

O que é ser politizado - Emir Sader

Ser politizado é entender como funcionam as relações de poder em cada sociedade e no mundo em geral. É compreender que, por trás das relações de troca no mercado existem relações de exploração. Que, por trás das relações de voto, existem relações de dominação. Que, por trás das relações de informação, há um processo de alienação.

Ser politizado, no mundo de hoje, significa compreendê-Io no marco das relações capitalistas de acumulação e de exploração. Representa entender o mundo no marco da hegemonia imperial estadunidense, baseada na força militar e na propaganda do modo de vida estadunidense.

Ser politizado é compreender que tudo o que existe foi produzido historicamente, pelas relações entre os homens e o meio em que vivem. Ou melhor, entre os homens, intermediados pelo meio em que vivem. E que, portanto, tudo o que foi construído pelos homens pode ser desconstruído e reconstruído. Que tudo é histórico. Que a própria separação entre sujeito e objeto - que nos aparece como "dada" - é produzida e reproduzida cotidianamente mediante relações econômico-sociais alienadas.

Ser politizado é saber subordinar as contradições menores às estratégicas, saber que as contradições com o capitalismo são sempre também contra o imperialismo, pela fase histórica atual do capitalismo.

E o que é ser despolitizado

Já ser despolitizado é achar que as coisas são como são porque são como são, sempre foram assim e sempre serão. É considerar que as pessoas sempre buscam tirar vantagens que não têm grandeza para lutar desinteressamente por um mundo melhor. Que o que diferencia as pessoas é a ambição de melhorar na vida, que a grande maioria não tem jeito mesmo.

Entre o ser politizado e o despolitizado está a alienação, a falta de consciência da relação entre nós e o mundo. Alienar é entregar o que é nosso para outro - como diz a definição jurídica em relação a bens. Ser alienado é não perceber a presença do sujeito no objeto e vice-versa, sua vinculação indissolúvel.

A luta pela emancipação humana é uma luta contra toda forma de exploração, de dominação, de discriminação, mas, antes de tudo e sobretudo, uma luta contra a alienação - condição de todas as outras lutas.

Emir Sader é Cientista Político


Espero que gostem deste texto.

Romulo

terça-feira, 28 de abril de 2009

"Penso, logo, existo"

Penso, logo, existo


Esses dias no ônibus voltando da faculdade surgiu um assunto sobre a frase do filósofo René Descartes que diz:

“Penso, logo, existo”

Surgiram várias contradições, pois tiveram pessoas que falaram que esta frase está sem sentido pelo fato de que um Eu só existe a partir da existência de um indivíduo.

Agora irei relatar minhas conclusões sobre esta frase que merece muita atenção.

Partindo da idéia de que o pensar não é somente o fato de raciocinar, mas sim o fato de pensar em questões nunca antes pensadas. Podemos perceber que ele fala esta frase para dizer que um indivíduo quando ele pensa, ou filosofa, ele está nascendo no mundo das idéias e dos pensamentos filosóficos.

Quando não temos interesse nenhum sobre estes assuntos estamos vivendo uma vida morta por mais redundante que isto possa parecer e está vida filosófica nos ajuda a ver o mundo de outra maneira, não somente ficar cegos, não somente viver só por viver, mas sim viver e tentar entender as coisas saber os porquês, assim tendo este pensamento filosófico o indivíduo existe perante as concepções de Descartes.

Pensar é primordial, pensar faz parte da vida do ser humano e as pessoas ignoram isto, não podemos deixar esta vantagem que temos cair em desuso, vamos pensar vamos viver filosofando vamos acabar com toda esta alienação e automação da vida.

Romulo

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Quem sou eu?

Segunda-feira introspectiva. Um pensamento permeia minha mente. Já é tão rotineiro que nem pede licença para entrar em minha cabeça, confundir meus sentimentos e me fazer refletir por muito tempo.

Penso nas pessoas que me cercam, e nas impressões que deixei. Pergunto-me se, se eu morresse amanhã, como se lembariam de mim? Qual a semente que plantei em cada um?

Sou um ser multifacetado, inacabado e imprevisível, que procura evoluir cada vez mais e que se policia ao máximo para não se perder pelo caminho. Mas, afinal, o que represento? O que transpareço?

Para a maioria das pessoas, sou apenas mais um rosto comum, desses que a gente passa ao lado na rua e nem repara, a não ser pelo cabelo destoante dos demais. Para essas, sou um doido cabeludo, ou um jovem revoltado.

Aos meus amigos, apresento-me de maneiras diferentes, sem necessariamente ser falso. Sou várias imagens num só corpo, como um álbum de fotografias em que se escolhe as fotos que serão mostradas de acordo com o momento e a pessoa.

Aos amigos íntimos, sou um filósofo, um amante das artes e das coisas simples da vida, que busca agir de acordo com seus princípios e com ética, reservado e tranquilo; aos conhecidos, um roqueiro fanático e maluco, daqueles chatos que não sabem falar de outra coisa além do mesmo assunto (no caso, o rock).

Também sou simpático, para alguns; nerd para outros, ou o "cara que manja de computador". Sou também o guitarrista, o que veste sempre uma camisa de banda e jeans, o vegetariano, o rpgista, o ateu, o anarquista. Sou todos estes rótulos e outros.

Para a única pessoa que realmente me ama como sou, sou tudo isso ao mesmo tempo e muito mais. A única que conhece minhas múltiplas faces e ainda assim admira, sem medo. Para ela, sou profundo, diferente, um bom ser humano.

Não sou fácil de compreender. Sou sensato, com um pouco de loucura; impulsivo, com um pouco de cautela; reservado, porém com muita humanidade. Sou realista, mas nunca deixo de sonhar e de arriscar. Não gosto de agir sob pressão e me sinto incomodado quando alguém vem me dizer que eu tenho que mudar minha mente, enquadrar-me.

Não nasci para ser igual e não há nada que eu preze mais no mundo do que a liberdade de pensamento. De fato, meus dois maiores amores nesta vida são a filosofia e a música, de tal forma que a própria vida não teria sentido para mim se me faltasse alguma das duas, e preferiria morrer a viver privado de seus encantos.

E, se eu morrese amanhã, as lembranças de meus amigos, juntas, formariam um mosaico do que eu sou e de tudo que representei para eles. Como seria a imagem? Será que realmente valeu a pena? Ou, no fim das contas, fui apenas mais um que passou em branco por esta vida? Quem sabe um dia alguem consiga compreender este mistério de minha existência, que não é nada mais que o mistério da essência humana.

Obrigado a todos os que compartilham um pouco de suas vidas comigo.

De seu amigo,

Jack Waters

domingo, 26 de abril de 2009

A pobreza da riqueza

Domingo meio monótono, sem nenhuma idéia interessante para hoje. Em vez disso, vou publicar esse excelente texto do ex-candidato à presidência da República e atual senador, Cristovam Buarque. (O texto é meio grande mais sugiro enormemente a leitura)


A pobreza da riqueza
Por Cristovam Buarque

"Em nenhum outro país os ricos demonstraram mais ostentação que no Brasil. Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam horas engarrafados ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, seqüestrados ou mortos nos sinais de trânsito. Presenteiam belos carros a seus filhos e não voltam a dormir tranqüilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos.

Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social. Na sexta-feira, saem de noite para jantar em restaurantes tão caros que os ricos da Europa não conseguiriam freqüentar, mas perdem o apetite diante da pobreza que ali por perto arregala os olhos pedindo um pouco de pão; ou são obrigados a restaurantes fechados, cercados e protegidos por policiais privados. Quando terminam de comer escondidos, são obrigados a tomar o carro à porta, trazido por um manobrista, sem o prazer de caminhar pela rua, ir a um cinema ou teatro, depois continuar até um bar para conversar sobre o que viram. Mesmo assim, não é raro que o pobre rico seja assaltado antes de terminar o jantar, ou depois, na estrada a caminho de casa. Felizmente isso nem sempre acontece, mas certamente, a viagem é um susto durante todo o caminho. E, às vezes, o sobressalto continua, mesmo dentro de casa.

Os ricos brasileiros são pobres de tanto medo. Por mais riquezas que acumulem no presente, são pobres na falta de segurança para usufruir o patrimônio no futuro. E vivem no susto permanente diante das incertezas em que os filhos crescerão. Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: em insegurança e ineficiência.

No lugar de usufruir tudo aquilo com que gastam, uma parte considerável do dinheiro nada adquire, serve apenas para evitar perdas. Por causa da pobreza ao redor, os brasileiros ricos vivem um paradoxo: para ficarem mais ricos têm de perder dinheiro, gastando cada vez mais apenas para se proteger da realidade hostil e ineficiente.

Quando viajam ao exterior, os ricos sabem que no hotel onde se hospedarão serão vistos como assassinos de crianças na Candelária, destruidores da Floresta Amazônica, usurpadores da maior concentração de renda do planeta, portadores de malária, de dengue e de verminoses. São ricos empobrecidos pela vergonha que sentem ao serem vistos pelos olhos estrangeiros.

Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi esta pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem, cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o país dispunha. Se tivesse percebido essa riqueza e libertado a terra junto com os escravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com uma população sem miséria.

A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado. Ao longo de toda a nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles, e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem os saiba manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos. Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados.

Para poderem usar os seus caros automóveis, os ricos construíram viadutos com dinheiro de colocar água e esgoto nas cidades, achando que, ao comprar água mineral, se protegiam das doenças dos pobres. Esqueceram-se de que precisam desses pobres e não podem contar com eles todos os dias e com toda saúde, porque eles (os pobres) vivem sem água e sem esgoto. Montam modernos hospitais, mas tem dificuldades em evitar infecções porque os pobres trazem de casa os germes que os contaminam. Com a pobreza de achar que poderiam ficar ricos sozinhos, construíram um país doente e vivem no meio da doença.

Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras.

Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro - os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez.

Mas isso é esperar demais. Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas".


Sem mais nada a acrescentar ou retirar. O cara é um gênio!


Abraços

Jack Waters

sábado, 25 de abril de 2009

Saudosismo...

Hoje é sábado. Dia em que o comércio funciona por apenas meio expediente, que as escolas não funcionam e cuja noite é a melhor da semana para sair e se divertir. Também é um dia não muito inspirador para mim, pois geralmente eu fico morto depois de ter trabalhado e estudado a semana toda e só tenho cabeça para descansar e para sair pra jogar um rpg básico com os amigos à noite.

(Inclusive, gostaria de dizer que talvez eu não atualize o blog aos sábados e domingos, mas já pedi ao Romulo para postar aqui. Minha intenção é atualizar diariamente o blog a partir de agora. Como hoje não vai ter sessão de rpg, resolvi postar.)

Essa rotina desgastante me traz saudade dos meus tempos de vagabundo, quando esperava a semana inteira para chegar a sexta-feira e me ver livre da escola pelo resto do fim de semana, não tendo que me preocupar em acordar cedo no dia seguinte. Hoje, além de trabalhar e estudar de segunda à sexta, ainda tenho que acordar cedo aos sábados e chego morto em casa, perdendo o resto do dia dormindo para recuperar as energias, de tal forma que só tenho o domingo para aproveitar.

Pensando mais a fundo nisso, veio-me outra curiosidade: Se as lojas costumam abrir e fechar no mesmo horário todos os dias, como os funcionários que trabalham por todo o expediente fazem para comprar o que necessitam em outras lojas? Não sobra tempo para isso. O que me leva a pensar que as lojas são feitas principalmente para as pessoas que não dependem do próprio trabalho para ter dinheiro, como Marx e Engels disseram em "O manifesto comunista".

Estou escrevendo este artigo num sábado à noite. Se fosse alguns anos antes, eu estaria escrevendo com a certeza de um dia bem aproveitado e cheio de idéias melhores que poderia estar expondo aqui, mas hoje perdi uma parte da tarde dormindo e a outra fazendo atividades sedentárias, pois não tenho cabeça nem para me mover do pc.

Bem, é isso por hoje. Desculpem se o artigo não ficou bom, pois, como disse, o dia não me é muito inspirador. Além disso, algo aconteceu para piorar o meu sábado e não me sinto muito bem, mas isso é assunto para uma próxima postagem. Até mais!

Abraços

Jack Waters

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sorria, você está sendo filmado!

Hoje estava eu em uma pequena loja de propagandas para automóveis, quando me deparei com esta frase, num daqueles adesivos de empresas de segurança. Atentei para cada canto das paredes do lugar e não vi nenhuma câmera, por menor que fosse. Este ato simples me trouxe a idéia que culminou no tema de hoje do blog: Qual o limite entre segurança, medo e privacidade?

Em nossa sociedade moderna, a violência e o crime organizado se tornaram infelizes realidades cada vez mais comuns, forçando as pessoas que possuem patrimônios a proteger a todo custo os mesmos. Daí começaram as explosões de equipamentos de segurança: câmeras, cercas eletrificadas, cães de grande porte, alarmes... o que era luxo de mansões virou necessidade básica de qualquer casa de classe média e, aos poucos, vemos as residências se transformarem em verdadeiras fortalezas. Mas, será que não estamos exagerando?

Tudo bem, o crime existe e não podemos dar mole. Mas a que custo estamos nos protegendo dessa ameaça? Aqui na minha rua por exemplo, minha casa é uma das poucas que não possuem nenhum equipamento de segurança(exceto por um pinscher e uma vira-latas) e, em 11 anos que moro aqui, nunca foi roubada. Isso me leva a pensar na causa de tantas precauções: o medo.

A mídia nos alarma todos os dias sobre a violência, os roubos, as mortes, etc etc. Ficamos com tanto medo de acontecer conosco, com a nossa família, com nossos bens que nos tornamos extremamente suscetíveis à propaganda dos equipamentos de segurança e de proteção 24h, que surgem como os salvadores da pátria(ou do patrimônio). Em teoria, é tudo bonito: Nós pagamos a eles para que nos protejam de todo o mal do mundo exterior, enquanto nos refugiamos em nossas prisões particulares. Aos poucos, esse medo nos faz acreditar que todos os seres humanos exteriores ao nosso lar são falsos e perversos ou, no mínimo, deve ser encarados com um pé atrás. Isso acaba isolando as pessoas, individualizando ao máximo a sociedade e gerando mais medo, que vai acarretar em mais segurança, fechando o ciclo vicioso. Basta ver como as pessoas que vivem em bairros pobres, sem tanta preocupação com segurança, socializam-se muito mais do que os moradores de bairros nobres, que se escondem em suas casas, ocasionalmente colocando a cabeça para fora da janela.

Tanta segurança leva a outro ponto, que eu gostaria de discutir: A invasão de privacidade.

Digamos que você está saindo de sua casa para ir ao banco. No caminho, você resolve passar no supermercado e, logo de cara, vê um aviso: "Sorria, você está sendo filmado!". Se você não esteve morando em Marte nos últimos anos, encarará o fato como algo rotineiro, banal. Você faz suas compras normalmente, porém, ao passar pela seção de frutas, você pensa duas vezes antes de pegar uma uva ou uma banana para comer, pensando se alguem está vigiando. Terminadas as compras, você vai para o banco. Ao chegar, já dá de cara com o mesmo tipo de aviso: "Sorria, você está sendo filmado", beleza, nada demais. No entanto, enquanto espera na fila, você resiste àquela coçada no nariz ou nas partes íntimas(no caso dos homens), pensando novamente se estão olhando.




Aos poucos, vamos nos tornando mecânicos e cautelosos. A simples idéia de sermos vigiados o tempo todo nos impõe um certo controle. Se você estiver trabalhando no escritório, com uma câmera apontada pra você durante todo o expediente, você agirá mecânicamente, de modo a não contrariar os interesses da empresa. Mesmo que a câmera esteja desligada, você se policiará pela simples presença do ícone repressor.

Estaríamos entrando numa era que foi prevista por George Orwell, mais de 40 anos atrás? Estaria o Grande Irmão nascendo? Como será viver em uma sociedade em que somos observados 24h por dia? Provavelmente, não muito distante da realidade dos grandes centros urbanos de hoje.

Estamos entregando nossa liberdade de bandeja, em troca de uma falsa sensação de conforto e segurança, e a solução, assim como o problema, está em nós. Quando nos preocuparmos mais com educação do que com segurança, não mais teremos que nos preocupar com segurança.

"Educai a criança hoje para não ter que punir o adulto amanhã" - Pitágoras

Abraços

Jack Waters

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Feriado Religioso? Não, viva o Dia mundial do Livro!

Como muitos sabem(e aos que não sabem, explicarei adiante), no dia 23 de abril é comemorado o dia do padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, São Jorge, com um feriado municipal.

Até aí, nenhuma novidade. Mas para os que moram em outras cidades fluminenses (que é o meu caso) a coisa se torna um pouco mais complicada: enquanto uns aderiram ao feriado e viajaram, outros preferiram ficar e trabalhar. Algumas escolas tiveram aula, outras não; enfim, uma bagunça. Na minha cidade, por exemplo, o comércio pretendia funcionar normalmente, mas devido à evasão dos consumidores, foi obrigado a fechar as portas mais cedo, cumprindo somente meio expediente.

Em outras cidades, prefeitos de outras religiões não reconhecem datas comemorativas regionais de santos católicos e, portanto, não decretam feriado. Este é o ponto de partida de minha reflexão.

Por que motivo, em um país teoricamente laico, como o Brasil, decretam-se feriados - nacionais ou regionais - em homenagem a figuras católicas? Por que cada cidade tem que ter o seu "padroeiro" e prestar homenagens a ele? O que essas pessoas ditas "santas" fizeram de grandioso que abrangesse a todos os grupos de pessoas, independente da classe social e religião?

Dois dias antes do feriado de São Jorge foi comemorado o feriado nacional de Tiradentes, uma figura histórica de grande relevância para o Brasil e um exemplo de luta por um ideal que deveria ser aprendido e seguido por muitos brasileiros. É, no mínimo, revoltante, constatar que milhares(ou até milhões) de pessoas jamais ouviram falar de Joaquim José da Silva Xavier, ou apenas o conhecem por nome, sem saber nem ao menos superficialmente sobre sua luta contra um governo tirano e corrupto do século XVIII, mas, ao mesmo tempo, conhecem com detalhes a fábula de São Jorge e do dragão. Digo fábula porque não me atrevo a cometer o sacrilégio de comparar um homem que realmente existiu e cuja biografia pode ser sustentada com amplos registros históricos e um ser fictício que mora na lua, traja armaduras medievais para enfrentar uma figura mitológica e que é conhecido apenas através do boca-a-boca e pela fé.

O que São Jorge fez de especial para o país, para a história, para o mundo? Absolutamente nada!

Mas, voltando ao tema central, porque havemos de ter feriados religiosos - que só abrangem uma parcela da população - com a mesma importância que damos a comemorações e homenagens realmente importantes, que abrangem a todos?

Por que temos um feriado nacional no dia 25 de dezembro, se uma boa fatia da população brasileira não é cristã? Por que outro, de Nossa senhora de aparecida no dia 12 de outubro, se eu não sou católico? Por que não há feriados em datas festivas judaicas ou budistas? Por que não há um em homenagem a Darwin, ou Newton, que deixaram um legado importantíssimo para toda a humanidade?

Onde está a laicidade? Por que um muçulmano, um evangélico, um judeu, um ateu, um umbandista, por exemplo, tem que ficar em casa e parar todo o seu ritmo de trabalho por causa da presunção de outra religião?

Por esse motivo, neste dia 23 de abril, eu não presto homenagem a nenhum santo ou festividade religiosa; eu comemoro o Dia mundial do livro.

Por que? Porque os livros são a principal fonte de conhecimento, cultura e arte que existe. Um verdadeiro tesouro ao alcance de todos. Como disse sabiamente Monteiro Lobato: "Uma nação se faz com homens e livros".

O livro é um transporte para o cerne da essência humana, uma viagem para o núcleo de nós mesmos e uma inesgotável fonte de saber. Sem eles, nunca teríamos chegado ao nível de compreensão que chegamos acerca da natureza, do universo e do ser humano; ainda estaríamos presos a um sistema arcaico de agricultura de subsistência e a sociedade, como a conhecemos hoje, jamais existiria. Não haveria médicos, engenheiros, professores, juízes nem nenhum tipo de profissional de qualquer área.

Portanto, por ter nos guiado durante toda a nossa história e ter sido de fundamental importância para a humanidade, o livro merece, no mínimo, nossa sincera homenagem.

Felizes os que lêem, pois a eles pertence a liberdade.

Abraços

Jack Waters

Alienação? Manipulação?

Olá, meu nome é Romulo, sou estudante e tenho 19 anos. Entrei no projeto deste blog há pouco tempo e este é meu primeiro post como vocês vêem.

Sou uma pessoa que gosta muito de filosofia e tento da melhor forma entender e passar o que eu entendi para as pessoas sem manipular a informação, pois eu acho que já chega de manipulação, manipulação esta que é o tema do meu post de hoje, afinal de contas temos de começar escrevendo alguma coisa de útil!

Alienação? Manipulação?

Às vezes eu me pergunto, tudo isto que nós vemos hoje em dia é o que realmente é? Uma pergunta um tanto confusa. Vamos analisar os fatos, eu estava lendo o post do Jack e me veio na mente o filme “Muito além do cidadão Kane”, onde mostra a trajetória da Rede Globo, eu estava pensando todo tipo de mídia popular neste país nos leva a alienação, nos manipulam. Eu vejo nas ruas os jornais que até pouco tempo eu achava que era a forma mais culta de se informar, mas agora você tem no rapé do jornal uma notícia que geralmente relevante e no resto do jornal tem alguma mulher quase sem roupas ou alguma coisa relacionada ao próximo capítulo da novela ou alguém que morreu baleado. E quando existe alguma notícia que interessa realmente ela é manipulada. 

Pessoalmente, não acredito em quase nada que vejo na televisão hoje em dia sou bem crítico. E não é somente a televisão e os jornais que tentam nos alienar, eles só dão uma força, toda a sociedade alienada tenta nos puxar para seu lado, se você não é alienado você é um vagabundo que só pensa nestas coisas “malucas” e erradas. Erradas? Estas pessoas que ficam reclamando dos governantes, mas não fazem nada para mudar e acham que aquilo é assim porque tem que ser assim, isso é o ser despolitizado que o cientista político Emir Sader descreve em seu texto:

“Já ser despolitizado é achar que as coisas são como são porque são como são, sempre foram assim e sempre serão. É considerar que as pessoas sempre buscam tirar vantagens que não têm grandeza para lutar desinteressamente por um mundo melhor. Que o que diferencia as pessoas é a ambição de melhorar na vida, que a grande maioria não tem jeito mesmo.“

 Lendo este texto eu me inspirei para escrever este post, penso que a maioria da sociedade é alienada e manipulada por diversos meios, não só os de comunicação, mas também pelo meio onde vivem, pelos amigos e parentes. 

Já ouvi muitas pessoas falando que filosofia é coisa de “viado”, estas pessoas não têm uma visão política do mundo para eles política é só aquele período em que a novela dele é interrompida para passar o programa eleitoral gratuito, é deste tipo de pessoa que o Emir Sader está falando. Uma pessoa manipulada e alienada em seu mundinho de todos os dias, que não vive, somente pensa que vive, que não toma decisões somente vive em modelos que colocaram que é melhor para a vida dele, não vivem por si, mas sim vivem pelo dinheiro.
 
Para concluir eu quero primeiramente pedir desculpas se meu pensamento está um pouco bagunçado, pois eu sou assim mesmo, depois de um tempo vocês iram se acostumar comigo, e quero falar que devemos tomar muito cuidado para não irmos junto com esta onda de alienação que estamos sofrendo, pois tem muita gente que está ganhando com nossa alienação, por isso não existem ações para mudar isto. Eu agradeço a todos que me agüentaram até o final deste post. 

Obrigado a todos.

Romulo - Ablankzin

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Paradigmas virtuais

Apesar do título pomposo, o assunto é bem simples de entender.

Hoje me peguei pensando (numa aula de português tão inspiradora quanto monótona) sobre a questão da velocidade com que as coisas mudam, assim como o "prazo de validade" de certas modas e correntes ideológicas.

Por exemplo: Até meados do ano passado, os fotologs eram a maneira mais utilizada de compartilhar fotos, imagens, promover eventos, fazer propaganda e de expor idéias e sentimentos. Milhões de pessoas ao longo do mundo tinham seus próprios "flogs", como eram chamados, e os atualizavam frequentemente. Eu mesmo já tive um e a maioria dos meus amigos também.

Mas, de repente, a explosão recuou, a emoção acabou e os flogs foram fechados e desapareceram. Veio o orkut, o youtube, os blogs, o myspace... Tantas comunidades virtuais que até me confundo, atordoado por este mar de informações. E o que vem acontecendo desde então?

No caso do orkut, venho percebendo um lento, porém gradual, decrescimento na popularidade. O que começou como uma comunidade restrita, um luxo a uns poucos felizardos que recebiam um convite, logo explodiu e se tornou a comunidade virtual mais acessada do Brasil e agora parece que, a passos lentos, está minguando. É o que quero dizer com "prazo de validade", neste contexto. Enquanto as novidades chegam, são exploradas ao máximo, mas depois esquecidas como uma mancha negra no nosso passado. Quem não se lembra dos tempos de ICQ, mIRC, bate-papos em salas virtuais, pelo navegador? Tudo isso deixado de lado pela nova geração, a geração do MSN e semelhantes.

Partindo deste raciocínio, pergunto-me quando irá acabar a febre dos blogs, do orkut e de outras comunidades; e o que virá em seguida? De que outas maneiras poderemos nos surpreender? As idéias genias estão ficando escassas e parece que vai levar um bom tempo até quebrarmos este paradigma da internet. Até lá, teremos que nos contentar com as novas caras dos mesmos programas, com a velha fórmula repetida.

Abraços

Jack Waters

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mera Coincidência

Saudações, caros leitores.

Aproveitando o feriado e o embalo da postagem anterior, vou atualizar o blog novamente, enquanto estou naqueles dias em que a mente fervilha de idéias.

Ainda estou pensando num tema para escrever aqui, enquanto isso utilizarei uma técnica muito usada por jornalistas, que consiste em começar a escrever "a esmo" para forçar o cérebro a "pegar no tranco" e só então desenvolver o tema em questão(a famosa enrolação). Conforme se vai escrevendo, um assunto vai puxando outro e logo se tem um texto completo. Quer um exemplo? Aí vai:

Já que falei sobre jornalistas - e isso me remete automaticamente à mídia - estive pensando na questão da hipersaturação de reportagens e opiniões acerca do mesmo assunto ou tipo de assunto, característica dos grandes veículos de informação atuais. Explico melhor. Já repararam, por exemplo, como alguns "furos" são explorados ao máximo pela mídia? Um exemplo recente foi o caso do homem que abusava sexualmente de sua afilhada de 9 anos e que a engravidou de gêmeos, tendo a família optado pelo aborto e sendo excomungada pelo representante local da Igreja, junto com a menina e toda a equipe médica responsável pela operação, mas, ironicamente, o padastro da moça não.

Este assunto, que causou polêmica e estupefação da sociedade, foi ampla e incansavelmente abordado por todos os grandes veículos de informação do país, saturando a tv, o radio, os jornais, as revistas, a internet e as conversas de bar. Eu mesmo pensei em me aprofundar nele neste artigo, mas desisti. Não há razão para continuar ruminando-o. É chato para quem escreve e para quem lê, que já não aguenta mais esta história.

Enfim, o ponto em que quero chegar é que, frequentemente, surgem escândalos como esse que tomam toda a atenção pública, sendo explorados até a última gota pela mídia e depois esquecidos, para dar lugar a um novo escândalo. É um ciclo vicioso. Mas qual a intenção por trás de todo esse teatro?

Talvez desviar a atenção do povo para esconder os furos realmente importantes; talvez para vender milhões de jornais e revistas, ter ibope nos programas que abordam aquele tema e nos blogs na internet; talvez pura falta de assunto mesmo ou talvez tudo isso junto. Enquanto somos bombardeados com a notícia que o fulano estava saindo com travestis, soldados americanos invadem a amazônia de forma clandestina para explorar algumas de nossas riquezas e não ficamos sabendo. Enquanto lemos e relemos que o teto de uma igreja caiu, políticos corruptos fazem a festa com o nosso dinheiro. E isso é apenas a ponta do iceberg...

Particularmente, desconfio sempre que alguma notícia se repete infinitamente por esses meios, como um meme entre os blogs. Desconfio que algo maior está acontecendo e está sendo abafado. Já repararam que algumas dessas "replicações" acontecem em períodos de instabilidade política ou econômica? Aconteceu ano passado mesmo, pouco antes das eleições municipais, o escândalo do Ronaldinho. Ao mesmo tempo, notícias relvantes como a que abordava o problema de quase 50% dos municípios brasileiros terem apenas um candidato a prefeito eram deixados de lado, ou publicadas num rodapé de página de jornal, e apenas uma vez.

Existe um filme que aborda exatamente esta questão, e gostaria de aproveitar a deixa para recomendá-lo. Chama-se Mera Coincidência (Wag the dog), e mostra como o governo, associado à mídia, pode abafar escândalos e podres criando justamente esse tipo de notícia.


Por fim, gostaria de acrescentar que não é a minha intenção criticar ou julgar nenhum desses meios de informação, mas apenas analisar esta questão delicada que mutias vezes passa batida diante de nossos olhos.

Sem mais delongas, vou finalizando por aqui. Até que, para um artigo que começou sem idéia alguma, o texto legal. Espero que gostem. ^^

Abraços

Jack Waters

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Reflexões soltas

Hoje, depois de muito tempo, resolvi atualizar este blog. Talvez porque ainda não abandonamos completamente o projeto e eu realmente gostaria que fosse levado adiante, talvez porque eu esteja precisando mesmo escrever algumas idéias para aliviar um pouco a mente, um desabafo. Pensei em começar um novo blog, com mais liberdade e maior responsabilidade, mas desanimei. Este aqui é meu também e merece empenho de minha parte. Além disso, a net está saturada de blogs e me lançar sozinho neste oceano agitado exigiria mais de mim do que posso oferecer.

A verdade é que eu tenho sérios problemas para terminar o que começo - o que já foi refletido aqui, na série "Em busca da ascensão social" que comecei a escrever e desanimei de continuar já na 2ª parte. Talvez um dia eu continue. - e me imagino se outras pessoas sofrem deste mesmo mal. Aliado a isto, este ano meu tempo tem sido realmente escasso, o que nunca me acontecera antes, em 19 anos de vida (penso que estou começando a ficar velho). Essa vida adulta me esgota. É trabalho, estudo, namoro, pressão da família e dos amigos para passar no vestibular, medo de não conseguir, sérias dúvidas sobre o meu futuro, enfim, muita coisa para me tirar a tranquilidade, que sempre me foi característica.

Apesar de tudo, tenho que admitir que o ano está correndo muito bem para mim. Se por um lado o trabalho é meio maçante, por outro, finalmente estou fazendo meu próprio dinheiro e arrumando alguns detalhes que há muito empurrava com a barriga. Ganhei um toca-discos da minha avó e pude comprar vários discos (enquanto escrevo, ouço Led Zeppelin e David Bowie); também me possibilitou viajar para ir a shows das minhas bandas favoritas. Já fui a Belo Horizonte em março para assistir ao Iron Maiden, fui ao Rio em abril para assistir ao Kiss e já estou guardando meu salário para ir em maio assistir ao Heaven and Hell, que ainda não decidi se vou ao Rio ou a BH; tudo isso com meu próprio dinheiro (é ótimo poder viajar sem precisar pedir dinheiro à mãe). Além dos discos, comprei uma memória adicional para meu pc, um mp3, livros e bobagenzinhas aqui e ali. Em suma, estou organizando aos poucos o meu ambiente, meu lar.

Trabalhar também me ajudou a me livrar daquela sensação mórbida de estar sendo um peso morto, um completo inútil sem propósito ou razão de ser na sociedade. Agora eu me sinto velho e cansado, mas - parafraseando Raul - fazendo a minha parte para o nosso belo quadro social.

Apesar de tudo, ainda encontrei tempo para dedicar aos meus amigos, aos meus livros, ao meu relacionamento, aos meus estudos; Voltei a jogar rpg regularmente, separo umas 2 horas por dia para estudar e outras 2 para namorar e já estou terminando meu 5º livro do ano.

Você deve estar se perguntando o porquê deste relato. Bem, não tenho uma razão específica para escrevê-lo, apenas me peguei refletindo na imagem do blog e me senti como o senhor da foto, sentando sozinho no banco a contemplar o vasto horizonte num dia cinza, desses que a gente acorda meio introspectivos por natureza.

Refletindo sobre meus dias, minhas angústias, minhas experiências, minhas alegrias, meus amores e temores. Estou envelhecendo. Estou a um passo de completar os 20 anos e não tenho certeza se viverei outros 20, ou se aproveitei o máximo que pude o tempo que passou; tudo é incerto e confuso. Meu futuro está fugindo às minhas mãos. Já não sou dono dos meus sonhos, das minhas motivações, da minha vida. Faço o que me eles mandam fazer, adoto os sonhos e ideiais que eles querem que eu tenha e ajo da forma que esperam que eu aja. Ironia do destino... nunca pensei que minha mente seria comprada por tão baixo preço. Até mesmo o conforto de ficar triste, solitário, reflexivo me está sendo aos poucos tirado e eu tenho que estar feliz e submisso sempre.

"Quem são eles? Quem eles pensam que são?" Não sei ao certo dizer... Todo mundo e ninguém, ao mesmo tempo.

Minha cabeça, já cansada de lutar e trazendo suas feridas de batalhas, quer apenas se encostar em qualquer lugar e ali estacionar, aceitando tudo, impassível. Espero que isso nao se realize. Minha filosofia está se perdendo e, com ela, toda a minha razão de existência. Meu único conforto e fiel amiga é a música, que consegue me resgatar a humanidade em todos os momentos e em todas as circunstâncias. Sem ela, eu provavlemente já teria enlouquecido, ou virado uma máquina social, com mãos e pernas maiores que o cérebro e o coração.

Então, se ainda quer saber o verdadeiro motivo deste relato, trata-se de uma pequena tentativa de , em meio à selva da vida moderna, buscar um momento de fraternidade, de calor humano, de compreensão entre meus semelhantes e que, talvez, outros como eu por aí possam encontrar conforto e apoio nestas palavras e não se sentirem mais sozinhos neste vasto mundo. Isso me deixaria realmente feliz.

"Mundo mundo, vasto mundo...se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima, não seria uma solução. Mundo, mundo, vasto mundo... mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizer, mas esta lua... mas este conhaque... botam a gente comovidos como o diabo!" - Carlos Drummond de Andrade

Aqui me despeço, e agradeço a todos os meus interlocutores por compartilhar alguns minutos de suas vidas comigo.

Um grande abraço.


Jack Waters